Reuters
Os médicos que tratam a deputada democrata norte-americana Gabrielle Giffords disseram neste domingo que o estado dela melhorou de "crítico" para "sério". Ela foi ferida por um tiro à queima-roupa na cabeça, há oito dias, em um massacre protagonizado pelo atirador Jared Lee Loughner, em um evento público em Tucson, no Estado americano do Arizona.
Giffords já respira sem a ajuda de aparelhos, depois de ser submetida a uma traqueostomia no sábado (15).
"A parlamentar continua indo bem, está respirando por conta própria", disse boletim médico divulgado no domingo pelo Centro Médico Universitário de Tucson. "Os procedimentos de ontem foram bem-sucedidos e transcorreram sem transtornos."
Os médicos disseram que nos últimos dias Giffords já vinha respirando sozinha, mas permanecia ligada a aparelhos de respiração, em parte como precaução contra infecções.
O hospital disse que divulgará um novo boletim médico às 11h desta segunda-feira (16h em Brasília).
Os médicos também instalaram um tubo de alimentação para Giffords, prática comum em pacientes de UTI com lesões cerebrais.
Giffords, 40, era a única paciente em estado crítico depois do atentado ocorrido em 8 de janeiro, que deixou outros 12 feridos, além de seis mortos. Um paciente recebeu alta no sábado, e outros dois continuam internados, em bom estado.
Os médicos tem manifestado otimismo com o ritmo da recuperação de Giffords. Nos últimos dias, ela vem abrindo os olhos e acompanhando o movimento de objetos no seu campo de visão. Também responde a comandos simples, como mexer os dedos das mãos e pés.
A democrata, que está em seu terceiro mandato, foi baleada por Loughner, um ex-universitário de 22 anos, durante um ato público em frente a um supermercado. Loughner está preso e deve responder por cinco crimes na esfera federal.
O atentado gerou um debate nacional nos EUA a respeito da possível influência da acirrada retórica política dos últimos anos sobre as motivações do criminoso.